sexta-feira, 30 de outubro de 2015

ALOE VERA - A PLANTA MILAGROSA


*Reportagem Globo sobre a Planta Aloe Vera
- Paulo Viana – Editora GLOBO 1997 -

Suas folhas são viscosas, pontiagudas e sua cor varia do cinza ao verde brilhante, passando pelo amarelo. Seu toque é suave, semelhante à borracha e o interior parece ser feito de geleia.
Personagens importantes na história, como Cleópatra e Alexandre, o Grande, eram seus admiradores.
Os índios americanos já a chamavam de varinha de condão celeste quando Cristóvão Colombo a descobriu, dando-lhe o nome de médico vegetal. Na Grécia antiga, suas aplicações curavam desde a dor de estômago até a queda de cabelo, passando pelas alergias, dores de cabeça, manchas na pele, queimaduras e ferimentos em geral.
Cientistas soviéticos descobriram, recentemente, que ela é capaz de curar também congestão nasal.
Conhecida há pelo menos três mil anos, somente, no último século é que a misteriosa e mágica babosa – chamada também de Aloe Vera – conquistou o interesse da ciência oficial.
Hoje em dia, vários centros de pesquisa nos hospitais e na indústria cosmética estão trabalhando para conhecê-la e aplicá-la nas suas múltiplas funções.
Pertencente à família das Liliáceas, da qual fazem parte a cebola, o nabo e os aspargos, a erva babosa apresenta-se em mais espécies, algumas delas sendo mais eficientes que outras. Suas aplicações, atualmente, embora não totalmente conhecidas, expandiram-se e abrangem problemas como a artrose, a acne, a úlcera e até cardiopatias.
Pesquisa realizada por vários especialistas são cada vez mais frequentes e parece estar surgindo um consenso científico bastante tranquilizador.
A verdade é que, por ser considerada por muitos como a legítima panaceia universal, a babosa, ou os produtos que a têm como componente da fórmula vende como água no deserto, e o resultado de suas aplicações tem sido fantástico.
Considerada pela comunidade cientifica como antibiótico, adstringente, coagulante, inibidora da dor e estimulante da regeneração dos tecidos e da proliferação das células, essa planta milenar vem conseguindo o respeito de todo o planeta. E, mesmo com toda a tecnologia do séc. 2O, ainda não se descobriu todo o seu potencial.
A Aloe Vera nome pelo qual ela se apresenta em vários produtos cosméticos é constituída de 96% de água e de 4% de complexas moléculas de carboidratos. É essa água toda que a toma capaz de exercer o seu mais importante papel: o de penetrar profundamente em qualquer tecido e lá operar seus efeitos prodigiosos.
Em sua composição foram identificadas inúmeras substâncias. Entre elas estão polissacarídeos contendo glicose, galactose e xilose, tanino, esteroides, ácidos orgânicos, substâncias antibióticas, enzimas de vários tipos, resíduos de açúcar, uma proteína com 18 aminoácidos, vitaminas, minerais, sulfato, ferro, cálcio, cobre, sódio, potássio, manganês e outras.
A mistura de todos os ingredientes ativos na babosa obtida através da geleia que fica dentro da folha e é responsável pela amplitude do seu poder de cura. Por exemplo, uma das enzimas é capaz de destruir uma substância formada na inflamação, enquanto outra substância reage com as enzimas destrutivas e corrosivas, apressando a sua morte.
A vitamina C, encontrada em grande quantidade na babosa, ajuda a manter a saúde dos
vasos sanguíneos, promovendo com isso uma boa circulação.
O potássio, por seu turno, colabora para a manutenção do ritmo cardíaco, além de
estimular as funções renais, o que faz da babosa uma verdadeira faxineira no seu corpo.
O cálcio acelera a coagulação e a ativação das enzimas. O cálcio também é responsável pelo controle dos movimentos cardíacos.
O sódio, trabalhando junto ao potássio, estabiliza o nível de hidratação do organismo.
O manganês oferece condições para que as enzimas digestivas trabalhem com maior eficiência, impedindo à formação das dolorosas pedras no rim.
O ferro operando em equipe com as hemoglobinas ajuda a transportar oxigênio para as
células.
Estas são algumas das funções conhecidas da geleia da babosa no nosso organismo.
Mas é interessante observar que essas substâncias só podem agir com tanta eficiência graças à capacidade que a Aloe Vera tem de penetrar nos tecidos, digerindo o tecido morto pela ação e suas enzimas e intensificando a proliferação normal das células.
Há relatórios comprovando que a atividades das enzimas da babosa reduz e em alguns casos elimina cicatrizes, manchas do fígado, rugas, bolhas e outras marcas.
Numa área afetada por alguma ação externa, como uma ferida ou uma mordida de cobra, por exemplo, os desintoxicantes naturais da babosa participaram do processo de cura pela inibição dos efeitos inflamatórios ou venenosos.
Novamente, através de o seu extraordinário poder de penetração, a erva reduziria o sangramento pela ação coagulatória, regenerando o tecido.
No caso de atletas contundidos, ou machucados, a utilização da planta tem-se mostrado altamente eficaz, tendo-se registrado casos de restabelecimento em menos de 15 dias.

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